Poderíamos considerar, genericamente, que apenas aos pais divorciados ou em processo de divórcio este assunto teria maior interesse.
No entanto isto é um grande equívoco, pois o tema é de suma importância e interessa não só aos membros da família, mas também a todos aqueles que estão próximos dos menores de idade (crianças e adolescentes).
O Impacto do Divórcio na Família e o Papel da Mediação
Quando um casamento que produziu filhos chega ao final, apenas o vínculo conjugal se encerra, no entanto a responsabilidade e o vínculo perante os filhos permanecem. Não há “ex-filhos”, apenas ex-marido e ex-mulher.
A mediação, neste novo contexto familiar, pode ser essencial ao bem-estar das crianças e adolescentes, especialmente para reduzir eventuais sequelas e traumas no longo prazo.
Disputa Pela Guarda e Fixação de Alimentos: Questões Sensíveis
Divórcios podem se tornar verdadeiros “campos de batalha”, com crianças e adolescentes no meio do conflito. É bem conhecido que brigas e discussões intermináveis podem causar sérias sequelas psicológicas e emocionais nos menores, tais como:
1. Ansiedade e Depressão
A incerteza e o conflito constantes afetam o estado emocional das crianças, levando a problemas de ansiedade e depressão que terão desdobramentos na vida adulta.
2. Dificuldades no Desempenho Estudantil
A tensão e o “clima pesado em casa” refletem diretamente, sobretudo no desempenho das crianças e adolescentes, o que faz chamar a atenção igualmente dos professores e demais pessoas no ambiente escolar. As crianças e adolescentes em situação mais vulnerável precisam de uma verdadeira “rede de proteção”.
3. Problemas de Comportamento
Os menores, especialmente quando encontram dificuldades para manifestar seus sentimentos e emoções, podem apresentar comportamentos instáveis e agressivos.
Como a Mediação Pode Ajudar?
A mediação é capaz produzir resultados muito benéficos àqueles que dela fazem uso, pois se apresenta como uma opção que pode viabilizar se chegar num acordo, e assim reduzir significativamente todo aquele estresse emocional descrito nas linhas acima.
1. Foco no Interesse dos Menores
Através da mediação o bem-estar das crianças e adolescentes vem primeiro plano, possibilitando que suas necessidades físicas e emocionais sejam atendidas.
2. Redução do Conflito
Ao promover uma comunicação construtiva e respeitosa entre os pais, o uso da mediação pode prevenir conflitos ou solucionar os já existentes.
3. Tomada Conjunta de Decisões
Os pais tomam decisões conjuntamente, sob o olhar cuidadoso do mediador, que a todo momento poderá/deverá intervir igualmente aos interesses dos menores. O acordo nos casos em que haja menores produzirá efeitos, no entanto mediante homologação judicial.
4. Menos Trauma aos Menores
A resolução rápida e menos litigiosa ajuda a minimizar o impacto negativo nos filhos, permitindo que eles mantenham relações saudáveis com seus pais.
O Papel do Mediador
O mediador, terceiro imparcial, desempenha um papel vital na mediação, pois facilita a que se estabeleça uma comunicação sobretudo mais respeitosa entre os pais ou responsáveis pelos menores.
Esta condição, de respeitabilidade, é crucial por sua vez para que todas as necessidades sejam bem encaminhadas; e, ao lado disso, qualquer um dos participantes poderá solicitar junto ao mediador, bem assim ele próprio por sua livre iniciativa, que sejam feitas conversas reservadas, o chamado cáucus.
Conclusão: Priorizando o Bem-Estar
Em casos de divórcio com menores, a mediação merece lugar de destaque como ferramenta à preservação do bem-estar das crianças e adolescentes, bem sim dos seus pais.
A escolha da mediação reflete cuidado, afeto, e responsabilidade, permitindo que os pais ou responsáveis colaborem mútua e efetivamente em benefício dos filhos menores.
A mediação possui uma abordagem, sobretudo mais humanizada, a tratar de questões tão delicadas como é o caso da saúde física e emocional dos filhos menores, especialmente quando os pais já não estão mais juntos.
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